Brinquedo de 85 anos que continua atual
● A história de um brinquedinho simples que passa de avós para netos
► Quando pensamos em brinquedos que permanecem encantando gerações após gerações, vêm à cabeça os eternos preferidos: carrinhos, bonecas e bolas. Mas há um que, embora não pareça, já é um vovô de 85 anos e nunca sai de moda. É o sempre atual Lego.
Sim, o jogo de encaixar a cada dia se torna uma das brincadeiras preferidas de mais e mais crianças. Por ter a forma de qualquer fruto da imaginação, pode ser uma casa, um castelo, uma cidade… Ou até mesmo personagens do cinema e monumentos conhecidos ao redor do mundo.
Os tijolinhos plásticos coloridos continuam no topo das vendas, porque ainda atraem as crianças como atraíram as gerações anteriores. E os avós e pais que brincaram com essas peças na infância conservam a memória afetiva com o brinquedo.
“Conectar gerações é um dos fatores que fazem da Lego um sucesso. A marca tem em seus pilares a diversão, a educação, a criatividade e o aprendizado”, diz Vivian Marques, gerente de marketing da Lego no Brasil.
Ela acrescenta que “toda a família se sente feliz ao ver a criança brincando e se desenvolvendo”. “Isso é valorizado por toda a família”, afirma. “Uma brincadeira educativa não tem idade. É por isso que consegue se perpetuar por tanto tempo com algo supostamente simples.”
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Educadores e psicólogos
A psicóloga Neuza Chamme Alvarez, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo diz que esse é o tipo de brincadeira recomendada por educadores e psicólogos.
“Quando uma criança constrói com Lego, ela está usando habilidades para resolver problemas. É preciso descobrir quais blocos trabalham melhor em sua construção, às vezes usando o método de tentativa e erro”, diz ela.
E explica que “planejamento e organização são outros benefícios”. Para a psicóloga, “o brinquedo requer que a criança tenha um plano antes que ela construa, mesmo que seja apenas uma base. Isso organiza seus pensamentos e ajuda no desenvolvimento motor e de outras habilidades”.
Já a pedagoga Marly Fattori de Mello, da Universidade Paulista, diz que a criatividade é outro grande benefício dos tijolinhos. “As crianças podem usar apenas as peças de Lego para criar qualquer coisa que suas mentes podem imaginar. É algo livre e aberto, que incentiva a pensar fora da caixa e sonhar infinitas possibilidades”, diz.
A história
Criadas pelo carpinteiro dinamarquês Olé Kirk, em 1932, as primeiras peças de Lego orginalmente eram feitas de madeira. E a invenção do brinquedo de madeira tem uma história significativa para a família do seu criador.
Após ver sua empresa de construção de casas e móveis de madeira ir à falência durante um período de recessão em seu país, Kirk teve a ideia de produzir os brinquedos, porque precisava sustentar os filhos.
Aos poucos, as pecinhas de madeira foram ganhando fama e consumidores fiéis. Mas foi só na década de 1950 que o brinquedo ganhou a forma atual, quando a família adquiriu uma máquina que produzia os tijolinhos em plástico.
Porém, nessa época, muitas famílias resistiam ao brinquedo. Foi quando um dos filhos de Kirk, que já ajudava o pai nos negócios, pensou em criar produtos integrados, que pudessem estimular a imaginação e criatividade. E aos poucos a Lego foi se transformando no que é hoje: uma brincadeira para todas as gerações.
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