Musical dá vida aos bichos e encanta famílias

● Em Brasileirinhos, cada animal ganha história e ritmo diferentes
► “Quando você encontrar um bicho gordinho comendo capim no fundo do rio, diga ‘oi, peixe-boi’”. O reggae bem humorado de Lalau e Paulo Bira mostra como a dupla passa longe de didatismos monótonos para falar da fauna brasileira. Nos dois volumes de “Brasileirinhos – Músicas para Bichos do Brasil”, eles apresentam 30 espécies nacionais com graça e balanço musical capazes de seduzir pequenos e grandões, de todas as idades.
As características e peculiaridades dos animais vão criando situações inusitadas: o tubarão-martelo que quer construir um castelo; o papo de duas preguiças quando se encontram com pressa; e o pedido do urubu que vai ao restaurante (“Quero uma carniça bem fedorenta”).
A dança dos bichos
A sagacidade dos poemas sobre animais brasileiros chamou atenção do músico Paulo Bira, enquanto lia para os filhos a série “Brasileirinhos”, escrita por Lalau e ilustrada por Laurabeatriz (Cosac Naify, 2001). A leitura acabou virando música. O urubu-rei ganhou uma valsa. O tubarão-martelo um rock. E a preguiça rendeu uma música caipira.

“Sempre gostei de ler essa série para as crianças em casa. Com o tempo, fui percebendo a musicalidade dos poemas e a personalidade dos bichos. A partir daí, as músicas foram surgindo quase que naturalmente”, explica Paulo Bira.
Os filhos cresceram e, o projeto, também. São dois volumes de CDs. Com participação de cantores como Zeca Baleiro, Suzana Salles, Paulo Tatit, Chico César, André Abujamra e Marisa Orth. O primeiro, de 2010, foi indicado ao Grammy Latino na categoria infantil.

Sete anos depois, as canções seguem fazendo a cabeça das crianças e sendo apresentadas por Paulo Bira em shows que nunca são iguais: “A gente gosta de estar sempre experimentando e interagindo, tentando extrair o máximo de cada momento”.
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Músicas
Todas as faixas estão disponíveis por streaming. Algumas podem ser ouvidas abaixo.
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Público de todas as idades
O avosidade realizou um bate-papo com o compositor Paulo Bira:
avosidade: Você teve a ideia de musicar os Brasileirinhos ao ler as poesias para os filhos. O que acha que elas têm de especial?
Paulo Bira: O Lalau consegue ser simples sem ser simplório, ele tem um poder de síntese excepcional e consegue captar a essência pelo detalhe. Resume um assunto em poucas frases ou imagens, que provocam a inteligência do leitor.
avosidade: Já faz alguns anos que você faz o show Brasileirinhos. As partes que mais fazem sucesso com o público infantil costumam ser as mesmas?
PB: O nosso desejo sempre é que as pessoas gostem do show inteiro, afinal as músicas são bastante variadas nos ritmos e intenções. Mas os pontos altos das apresentações variam dependendo da faixa etária do público. Quando são os menores (até dois anos) em geral eles gostam do Peixe-boi (diga oi!) e das músicas mais animadas, em que eles pulam e dançam. Os maiorzinhos curtem o Mico-de-cheiro, que fala de xixi; ou o Urubu-rei. E os adultos gostam mesmo é da Preguiça-de-coleira; mesmo porque cuidar de criança é um trabalho intenso.
Esse texto foi escrito e reescrito a cada apresentação. De acordo com as reações da plateia.
avosidade: Ao longo destes anos, vocês mudaram alguma coisa nas apresentações?
PB: Se contar desde o começo do trabalho, mudou muito sim. De cara a gente percebeu a necessidade de um texto que “costurasse” a apresentação. Uma maneira de prender e “dirigir” a atenção das crianças por essas canções tão diversas. Esse texto foi escrito e reescrito a cada apresentação. De acordo com as reações da plateia. Até chegarmos em algo funcional e interessante. Mas isso não para nunca, o show está sempre mudando. É difícil fazermos duas apresentações iguais, os locais mudam, as plateias mudam, o repertório também. Gostamos de experimentar e interagir, tentando extrair o máximo de cada momento.

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