Gerações

A invasão dos netos

Vovô Dema: tensão desaparece quando a porta se abre e os meninos entram correndo dizendo aquela palavra mágica: vovô!

► A casa já está preparada para a invasão. As principais providências já foram tomadas. Aqueles vasos mais frágeis, as garrafas de vinho e taças já foram colocadas em lugares mais seguros. Aquele livro raro que já teve algumas páginas arrancadas da última vez, mas depois devidamente coladas, já está guardado no armário.

Há também a questão do alimento. Refrigerante não, nunca! Balas bombons, caramelos, nessa ou em qualquer ordem, estão banidos desta casa. Ah, as frutas são permitidas. A carne, depende. Em alguns casos é uma boa fonte de proteínas, em outros pode ser veneno mortal físico e metafísico. Depende da mãe.

Dentro de pouco tempo meus netos Guido e Rodrigo de 6 e 3 anos estarão irrompendo pela porta adentro do apartamento com a energia daqueles super-heróis do cinema e do gibi para botar à prova a capacidade de resistência dos objetos e brinquedos.

As janelas já foram devidamente fechadas, mesmo com as telas de proteção, porque como vocês sabem super-herói voa, e daí… temos que estar prevenidos.

Apesar de toda preparação e tensão tudo fica mais relaxado quando a porta se abre e os meninos entram correndo dizendo aquela palavra mágica: vovô!

Lá no canto da sala, eles sabem muito bem, tem uma caixona que guarda os tesouros. São os brinquedos velhos que as mães trouxeram para casa do vô, para eles irem se adaptando, ou para as emergências, e também para aliviar a casa delas de bugiganga (esse papo é só entre avôs não vale filhos e filhas e noras e genros).

Tenho a impressão (ou certeza?) de que nós conhecemos os netos mais do que os pais. De certa forma olhamos para eles vendo nossos filhos quando crianças, mas agora com a sabedoria e o tempo necessários para entendê-los melhor.

Voltemos ao que importa: os moleques. Eles têm o poder de brincar com todos os brinquedos ao mesmo tempo, comer os quitutes (saudáveis, claro!) que a vó vai oferecendo, ligar a tv, pegar no telefone, mexer no computador, e escrever e desenhar em qualquer espaço livre, seja a página de um caderno, a capa de um livro, um cantinho de parede encostado no sofá, e até na sua perna ou braço, nos momentos de distração.

Tudo estava previsto, menos troca de fraldas, argh! Mas avô é avô. Nesse momento a porta se abre e a mãe ou o pai aparece. Uma certa tristeza, porque eles vão embora, mas um certo alivio, porque voltamos a recuperar nosso espaço vital e principalmente as energias para a próxima visita.

 

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9 Comentários

  1. Estou há um mês cuidando 12 hrs por dia da minha netinha Alice (7meses), pois acabou a licença da minha filha. Dá uma canseira mas é tão gratificante e gostosa a sua presença. Experiência únic, e de um amor infinito! Ter estado sempre com pressa de ver meus filhos crescerem, hoje valorizo cada dia, sem pressa de vê-la crescer, curtindo deliciosamente toda a lindeza de uma fase que nunca mais volta. Mas todas registradas na memória (e muitas fotos e vídeos, pra garantir, claro)! Rsrsrs… Bom dia!!

  2. Amo meu neto e adoro qdo ele vem pra minha casa ficar comigo as vezes mas o melhor é fazer tds os dias almoço pra ele e para minhas filhas e depois ele vai pra escolinha e pede vovó me leva até o carro é mto amor chega a doer.

  3. Eugenia Maria – 3 de abril de 2017 said:

    Tenho dois netos lindos e nunca tinha imaginado que seria tão maravilhoso assim!
    Amo ser vó e sou daquelas bem coruja mesmo.

  4. “Que “inveja” de vcs, viu! Eu tenho apenas um único netinho de três meses que mora a algumas quadras da minha casa, mas não posso vê-lo quando eu quero… só quando me permitem, raramente. Isso para mim é a maior tristeza e continuo perplexa com a atitude dos pais, principalmente com a do meu filho, que jamais pensei que um dia ele me negaria esse prazer e esse direito. Peço a Deus que alivie essa dor no meu coração e que eu saiba, por amor a ele (meu neto tão desejado e amado) me manter serena, confiante. Escondo minha tristeza nas lágrimas e nas orações, e respeitando a autossuficiência que eles tanto apregoam. É muito triste!

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