Gerações

A mantilha do meu neto

Vovó Irene e o neto Thomaz: crescendo juntos, com respeito mútuo, “eu como avó e ele como uma linda criança que hoje está com oito anos”

► Estava em um congresso na Espanha e, dando continuidade à viagem, eu e meu marido fomos até Granada, visitando aquele lindo jardim. Aí, viajei no tempo. Parei em frente a uma vitrine de loja de bebê e meus olhos foram atraídos por uma linda mantilha. Entramos na loja e fui direto perguntando que cores tinham daquela mantilha. Mesmo sem saber que a minha filha estava grávida, conversamos eu e meu marido que seria interessante levarmos a mantilha, caso ela engravidasse, e resolvemos comprar de uma cor neutra.

Continuamos nossa viagem, eu estava muito feliz com tudo, com a apresentação do trabalho no congresso, com as cidades que estávamos conhecendo na Espanha e principalmente com a aquisição da mantilha. Um novo sentimento começava aflorar dentro de mim, um sentimento pleno e único. Qual foi a minha surpresa, na volta dessa linda viagem, a notícia de que minha filha e meu genro estavam grávidos. Mais uma vez, tive a certeza do que é o campo da ressonância. Fiquei muito feliz com a notícia, curti muito a gravidez, cada mês era uma grande etapa.

Nossa família foi tomada por uma imensa alegria. Nasceu nosso lindo neto Thomaz. Aí, nasceu uma avó. Que sentimento maravilhoso! Fui aprendendo com ele a conhecer seu ritmo, suas expressões de emoção, seu afeto. E fomos construindo uma forte relação.

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Hoje em dia, ser avó é diferente de décadas atrás, mas criei, dentro da minha vida tão corrida, alguns espaços para estar com ele de forma presente, brincando, passeando, conversando, porque ser avó é ser um modelo vivo, não ditando regras e sim como a gente é como pessoa.

E aprendi, sendo nós mesmos, com os nossos limites, com nossos valores. É tudo uma riqueza não mensurável. E assim fomos crescendo, eu como avó e ele como uma linda criança que hoje está com oito anos, com admiração e respeito mútuos, e um amor incondicional. Percebo isto em pequenos detalhes. Tal foi minha surpresa quando chegou um cartão em minha casa, com meu endereço e meu nome escritos com sua linda mãozinha.

Tenho uma pasta em que guardo todos os desenhos desde que começou a fazer seus primeiros rabiscos. Quando ele tinha dois anos de idade, fizemos um pequeno livro, que foi lançado na Livraria da Vila, no Shopping Higienópolis, pela Editora Vetor, que se chama “Potoco e Cacá”, que Thomaz, com seus dois anos e meio, ajudou a autografar.

 

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Um Comentário

  1. Maravilhosa Dra. Irene! Para mim é como a continuidade dos seus ensinamentos sobre reverência aos nossos antepassados e amor que cura! Meus filhos têm duas avós que os transmitem esse amor que cura! São privilegiados como o Tomaz ….
    Adorei!

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