Cecilia Padilha: “gosto de cozinhar por causa das minhas avós”
● Entrevista com a chef Cecilia Padilha
► A fama de Cecilia Padilha veio pelo seu hobby: cozinhar. Ela foi um dos seis finalistas em 2014 da primeira temporada do concurso Masterchef, promovido pela rede de TV Bandeirantes, e daí foi impulsionada a se profissionalizar no ramo da gastronomia, mas ainda resiste e ganha a vida trabalhando no competitivo no mercado financeiro, com larga experiência na renomada agência Bloomberg em São Paulo.
Mas o que importa mesmo é que Cecilia Padilha se ligou aos assuntos da cozinha por causa das duas avós dela. E o seu site “Yes We Cook” lhe dá praticamente o status de profissional, com presença disputada e cada vez mais frequente em eventos que celebram a face mais glamourizada da alimentação.
Desde pequena conviveu muito perto das duas avós. Da avó paterna, Cecilia, ela herdou até o nome, além de receitas, o conhecimento de ingredientes, o refinamento do paladar, quase tudo o que a preparou para gostar da gastronomia. E da avó materna, Bertha, ganhou todos os complementos e suplementos, de forma que ela, como neta amorosa, atribui às duas igual peso na sua formação.
Por isso, pode-se encontrar no site algumas receitas com títulos do tipo “Bolo de Nozes da minha avó”. Ela explica que foi por gostar de acompanhar as avós na cozinha que ela, com apenas seis anos de idade aprendeu a escrever em letras de forma e elaborou seu primeiro livro de receitas, que ela qualifica como praticamente uma colagem de rótulos de ingredientes que se perdeu no tempo.
Já adulta, complementou sua formação em cursos com chefs famosos, como Roberta Sudbrack. Mas, exagerando na modéstia, não se intitula chef. “Sou do mercado financeiro e trabalho com quatro telas de computador na minha frente, com ações, derivativos, gráficos e bolsa de valores, e posso me definir como uma ‘curiosa’ na culinária”, diz.
Justificando o nome do site, um trocadilho com a conhecida expressão em inglês “Yes, we can” (“sim, nós podemos”), que foi o slogan e campanha do presidente Barack Obama, ela afirma que “todos podem” cozinhar bem. “Para mim, não existem pessoas que não sabem cozinhar, existem as que nunca tentaram ou que não possuem prática, mas, como tudo na vida, é praticando que se aprende”.
A seguir, os vídeos com os principais trechos da entrevista com Cecilia Padilha, e mais abaixo, a receita do “bacalhau espiritual”, receia da vovó Bertha.
Influência das avós
Uma avó viajava e trazia ingredientes de todo o mundo, outra tinha a própria horta
Aprimorando o paladar
Pescadores na praia das férias no Nordeste traziam tudo fresquinho, saído da água
O primeiro livro
Livro de culinária “escrito” aos 6 anos com a avó foi só uma colagem de rótulos
Busca por novidades
Avó tinha a curiosidade de conhecer ingredientes, procurar e provar sabores novos
Por que gosta de cozinhar?
Avó sempre é coruja, mas eu dou o crédito: gosto de cozinhar por causa das avós
Piano e alfabetização
Sempre presentes, avós foram além da culinária, na alfabetização e aulas de piano
Segunda mãe
Pais se separaram e ela passou parte da infância e juventude morando com avós
—-
Bacalhau espiritual da avó Bertha
Ingredientes:
1 kg de bacalhau desfiado dessalgado de um dia para o outro
6 gemas
Creme de leite (200g)
2 dentes de alho amassados
1 litro de leite
6 colheres de sopa de farinha de trigo
1 cebola picada
2 cenouras raladas
200g de manteiga
8 colheres de sopa de azeite
8 colheres de sopa de queijo parmesão ralado
1 xícara de biscoito água-e-sal triturado
Sal, pimenta do reino, molho inglês e noz moscada a gosto
Acompanhe o portal avosidade também no Facebook, Instagram e podcast+!