Gerações

Era uma vez duas almas… (parte 2)

A autora com a avó Matilde (acima) e com o avô Joaquim Rosa, o Rosinha (abaixo): corações batiam sempre como no dia em que se conheceram

● Segunda parte

(continuação do post da semana anterior)

 

► Quando a moça viajava de férias, o jovem Rosa, por sua vez, pegava a moto e ia atrás dela em São José da Lagoa (hoje em dia conhecida como Nova Era). Ficou amigo do irmão de Matilde, Rui. Através dele queria notícias e mandava seus recadinhos de amor.

Matilde era uma jovem muito bonita e talentosa, todos a chamavam carinhosamente de Tide. Ela jogava volêi e fazia aulas de violino. (Sempre me contou o caso do violino, que posteriormente contarei aqui).

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A família Felipe morava num casarão muito bonito, com dois andares. No segundo piso, as empregadas corriam para a sacada quando escutavam o barulho da motocicleta.

Todas as mocinhas de Nova Era estavam interessadas naquele rapaz bonito, moderno e bom partido. Mas, Tide era difícil e não dava bola para essa exibição.

Um dia, Rosinha tomou coragem, chamou Rui para acompanhá-lo e foi ao encontro de Dedé a fim de pedir a mão de sua filha em casamento. José Augusto, o delegado da cidade, pai de Matilde, já sabia do amor daquele rapaz por sua filha. Mas, antes pediu autorização ao seu pai, o português Adelino. Vovô Delino tinha prometido a mão da neta para Hélio, que já tinha até encomendado as alianças.

Numa bela noite cheia de estrelas, Tide sonhava. Um anjo lhe disse que seu grande amor era o jovem, Rosinha. O anjo sorriu e lhe apontou a cidade de Itabira. “Não tenha medo de ficar longe de seus pais… porque lá está seu destino, seu tesouro. Juntos, você e seu grande amor serão felizes para sempre. Vá, minha filha, e seja muito feliz.”

Matilde acordou em paz e não teve mais dúvidas. Conversou com seus pais e com o Vovô. Venceu o amor! O coração da mocinha já batia mais forte pelo jovem rapaz de Itabira.

Na semana seguinte, Rosinha voltou para receber a resposta do patriarca. Vô Delino acorda a neta e diz com voz bem alta: “Acorda, Dona Rosa!”

A reposta era s-i-m!

O dia marcado foi para o casamento foi 28 de julho de 1942, na matriz da Igreja São José, na cidade de Nova Era. Uma nova era de amor, uma nova geração.

Iluminadas, essas duas almas se encontram e perante Deus obedecem aos mandamentos divinos.

Evangelho de São João capítulo 15.

12 Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo. 13 Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos. 14 Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando. 15 Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai. 16 Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda. 17 O que vos mando é que vos ameis uns aos outros.

 

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