Gerações

A magia das histórias

Vovó Eliana e a neta mais nova: por menor que seja a criança, se você conta uma história envolvida na trama, ela gruda os olhos em você

Momentos especiais compartilhados pela avó e neta

Algo de maravilhoso acontece quando eu conto histórias para minhas netas. Histórias lidas, com desenhos e palavras rimadas, ou histórias inventadas, que vão se completando conforme o humor ou as experiências do dia. Magia.

Sempre contei histórias para meus filhos. Lia muito para eles, na verdade até depois de crescerem, já adolescentes. Eram momentos especiais esses que compartilhávamos, à noite, na penumbra, por exemplo mergulhando nas desventuras de O médico e o monstro.

Com minhas netas o exercício é quase permanente. Não existe o momento da história. Sempre é hora. Sempre cabe um livro ou uma escapadela para o mundo da imaginação.

Aí eu conto uma história que existe, com começo, meio e fim, e acho que estou fazendo o maior sucesso, porque os olhinhos brilhantes estão grudados em mim. E quando eu termino… e foram amigos para sempre… vem o desafio:

– Aí chegou o peixe!

– Que peixe? A história acabou!

– Não! Aí chegou o peixe!

– Tá bom… Chegou o peixe dizendo que ele também queria ter amigos… e o elefante enrolou ele na tromba e levou pra casa da borboleta…

Bem, por aí a coisa segue, até que não haja mais ninguém interessado nessa amizade.

Momento-presente magia

O grande barato, a razão pela qual estou novamente escrevendo para o portal avosidade, é a constatação de que, por menor que seja a criança, se você conta uma história envolvida na trama, realmente presente, a pequena gruda os olhos em você e não desgruda até que a trama acabe. É mágico. Mais do que cantar uma canção.

Crianças adoram música, mais ainda quando vem com a sua voz. Mas histórias, histórias contadas com paixão, têm um poder maior. É como se me amarrassem com um laço de fita às minhas netas. Um momento-presente.

Dia desses ouvi uma senhorinha dizendo que não compra livros para os netos porque, depois, eles virão pedir a ela que leia – e isso ela não se dispõe a fazer. Que dó! Ela não sabe o que está perdendo.

Avó, eu aprendi a contar histórias de uma maneira muito mais prazerosa do que fazia com meus filhos. Mais solta. Mais lúdica. Sou artista num palco muito particular. E é uma honra ter minhas netas na plateia.

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