Paulo Cesar Queiroz: avosidade não é um play ground
● Entrevista com o publicitário Paulo Cesar Queiroz
► Publicitário premiadíssimo, com mais de três décadas de atuação nas principais agências do País e fama de durão, aquele que consegue tudo o que quer (modestamente, ele explica isso com uma frase: “eu sou uma pessoa muito perseverante”). Mas, agora, Paulo Cesar Queiroz é outra pessoa, desde o início de 2016, quando se tornou avô.
E vai logo avisando que, mesmo “com alto custo emocional, é preciso respeitar o espaço dos pais dos netos” e que “os avós precisam ser discretos”. Ter neto o fez pensar até na longevidade, coisa que não ocorria antes. “Nunca me preocupei se iria viver 60, 70 ou 80 anos, e hoje eu me preocupo, porque eu gostaria de poder acompanhar meus netos, e a medicina nos permite sonhar com a longevidade”, diz.
Cursou publicidade e propaganda na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-SP), iniciou carreira na agência McCann-Erickson, passou pela Salles D’Arcy e está na DM9DDB desde 1991, onde já foi gerente de mídia, diretor, vice-presidente executivo e hoje é copresidente. Ocupa vários postos importantes na direção de entidades do setor.
Já foi eleito o melhor Profissional de Mídia, pelo Prêmio Caboré, ganhou o Prêmio Veículos de Comunicação, e foi a Personalidade de Mídia do Ano. Equipes sob seu comando já conquistaram quatro títulos de Agency of the Year, dois Grand Prix e os 82 Leões – sendo um deles, o primeiro Leão de Mídia da agência – no Festival Internacional de Cannes, o mais importante da propaganda em todo o mundo.
Tornou-se avô neste ano com o nascimento de Raul, filho de sua filha mais velha, Alessandra, que é professora e psicóloga de crianças pequenas. Também é pai de Andréa, ficou viúvo há seis anos e mais recentemente voltou a se casar – a nova esposa se chama Kátia.
Assista à entrevista na íntegra, no vídeo abaixo, gravado na sede da agência, em São Paulo, com Paulo Queiroz junto da estante com alguns de seus muitos prêmios. Se preferir, você pode encontrar abaixo vídeos com os principais trechos da entrevista.
O papel de cada um
Neto transforma as relações nas famílias e o papel de cada um (entrevista integral)
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O que não fazer
Um bando de velhos dando palpites na hora mais imprópria
Ouvir e não interferir
Hora de se resguardar, de menos interferência e mais apoio
Mutirão de avós
Como fica quando a mãe volta a trabalhar e os avós cobrem sua ausência
Momento transformador
Neto é um ícone da libertação de cuidar das filhas como bebês adultas
Avó de coração
Embora sendo esposa recente, pediu pra ser avó e foi atendida
Apoio não invasivo
Avós têm experiência, mas precisam deixar os filhos ganharem confiança
Continuidade da história
Ser pai foi tenso e a avosidade chega em outro estágio de vida
Uma bênção
Ter neto faz pensar até na longevidade, coisa que não ocorria antes
O que faria muito gosto
Dentro da posição respeitosa, manifestar a vontade mas não impor
Certeza inabalável
O que o bebê precisa é de estímulo, cuidado, amor e núcleo familiar
Carreira x filhos
Essa história de estar priorizando a carreira é papo furado
e renova
Avosidade não é um play ground, neto não é um brinquedo
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Paulo, parabéns, adorei a entrevista, corroboro sobre não ser invasivo, confiar, dar apoio, momento sublime, etc…