Comportamento

Dra. Elizabeth Monteiro: namoro entre idosos

Com sua longa experiência de psicóloga, a autora diz que, apesar de os jovens estranharem, a velhice pode ser uma fase de muito amor

Palavra de especialista: a juventude não consegue conceber esse amor

Que feio! Dois velhos namorando! namoro

– Adivinha?! Você não vai acreditar!

– O que foi?!

– O meu sogro está namorando!

– O quê ?! Aquele velho?!

– Pois é menina! Ai que nojoooooo! A “pipa” dele nem deve subir mais… Só pode ser por causa da grana …

O que tem de nojento na imagem de duas pessoas idosas namorando?

A juventude não consegue conceber o amor em suas diversas formas. Logo imaginam o casal se atracando em um sexo selvagem… Não conseguem lidar com a sexualidade de seus pais. Nunca conseguiram quando eles eram jovens, imagine então na velhice.

As novas descobertas namoro

Os filhos, com raras exceções, continuam olhando para os seus umbigos e esperando a dedicação total da mamãe e do papai. Morrem de ciúmes, são controladores e continuam querendo mandar na vida dos pais. Sejam viúvos, estejam juntos ou não. Os filhos precisam entender que, atualmente a “velhice” também é um momento de novas descobertas. Portanto, um momento de experimentar possibilidades não exercidas nas outras fases da vida (Mirian Goldenberg).

O homem, quando se divorcia, é porque já tem alguém e quando enviúva, não consegue viver só. Busca ser cuidado por outra.

A mulher… Ah! A mulher… Geralmente elas querem viver a sua liberdade. As vovozinhas de hoje não querem saber de casamento. Buscam a liberdade que não viveram ao longo de suas vidas e muitas procuram homens mais novos para poder viver a energia que ainda dizem possuir. Energia para dançar, viajar, namorar e ter prazer.

Em busca da felicidade namoro

Certa vez, em uma das minhas viagens, conheci uma senhora que havia chamado a minha atenção pela sua postura jovem e inteligente. Tinha acabado de se  divorciar e estava acompanhada de um homem bastante interessante. Era muito culto, discreto e mais jovem do que ela. Perguntei-lhe como era essa experiência. E ela me disse o seguinte:

– Betty, eu me divorciei porque não aguentava mais a rotina do meu casamento. Meu marido só queria ficar em casa vendo televisão e lendo. Pra que eu iria me separar e casar de novo com um velho acomodado?

Ela me fez parar para pensar. E aí eu lhe perguntei:

– E os seus filhos?

– Estão indignados e ao mesmo tempo surpresos. Esperavam que eu fosse servi-los como babá dos meus netos e, ao mesmo tempo temiam que eu fosse depender deles. Eu hein?! Quando a gente amadurece percebe que a vida é muito mais do que criar os filhos e cuidar do marido. Percebe que as nossas amigas são mais importantes que a família, pois nos livramos das cobranças, dos compromissos e dos julgamentos. O que acaba sendo importante para nós, são os laços de amizade que criamos.

Verdade… O que ninguém tira da gente é aquilo que conquistamos, os nossos desejos e a alegria de viver.

Um sorriso largo e sincero.

Então. Então. Então. Então. Então. Então. Então. Então. Então. 

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Dra. Elizabeth Monteiro

Psicóloga e psicopedagoga, especialista em relacionamento entre filhos, pais e avós, autora dos livros “Criando Filhos em Tempos Difíceis”, “A Culpa É da Mãe”, “Cadê… o Pai Dessa Criança?” e “Avós e Sogras – Dilemas e Delícias da Família Moderna”; tem quatro filhos e seis netos, e escreve com frequência no portal avosidade

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