Gerações

África, origem de todas as mães

● Celebramos neste Dia das Mães também as mães da humanidade

São as mães que ensinam os primeiros gestos de cuidado, partilham o alimento, o calor humano, o afeto e o abrigo

Muito antes de existirem as fronteiras, as bandeiras e os idiomas, existia a Mãe África. Foi ali, há cerca de 300 mil anos, que surgiu o homo sapiens – o ser humano moderno.

Cada pessoa que caminha hoje por este mundo, seja em uma metrópole asiática, em uma aldeia europeia ou por aqui nas Américas, carrega em si uma herança genética que remonta ao solo africano.

Somos, todos, filhos de mães africanas.

Essas primeiras mulheres viveram em ambientes hostis, onde a sobrevivência era um terrível desafio diário.

Ainda assim, cuidaram de seus filhos com os mesmos gestos que atravessaram gerações: o toque, o abrigo, o alimento, o olhar atento.

Foram elas que ensinaram os primeiros sinais de afeto e proteção — as sementes da cultura e da empatia humanas.

Herança de cuidado África

Neste Dia das Mães, olhamos para nossas próprias mães – com suas histórias, lutas e afetos – e reconhecemos também aquelas primeiras mulheres, ancestrais comuns da humanidade.

Elas acolheram os primeiros filhos, ensinaram os primeiros cuidados e a partilhar o calor humano.

Mães que viveram entre savanas e florestas, e cujos descendentes se espalharam pelo mundo, adaptando-se a diferentes realidades, climas e culturas.

Ao homenagear a mãe que nos embalou no colo, que nos fez dormir e acordar, ampliamos o olhar e agradecemos, com reverência, às mães da origem.

Aquelas que, mesmo sem nome ou rosto, estão em todos nós.

Foram e são mães de todas as nações. Sustentaram famílias, mantiveram vivas as línguas, a religiosidade, a culinária e as formas de cuidado.

Foram mães-biológicas e mães-comunitárias, ensinando que maternidade também é partilha, proteção e ancestralidade.

Ao homenagearmos nossas mães neste dia especial, reconhecemos também as que vieram antes, que abriram caminhos em silêncio, que embalavam crianças cantando em iorubá, banto ou quimbundo.

Mães que nos legaram uma forma de amar mais coletiva, mais forte, mais resiliente.

Porque, antes de tudo, a primeira mãe era africana. E, no Brasil, elas continuam sendo a raiz de quem somos.

Imagem: Andrae Ricketts/Unsplash

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Então. Pois. Então. Pois. África. Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. Então.
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Elisabete Junqueira

Publicitária e jornalista, fundadora e editora do portal avosidade, avó de Mateus, Sofia, Rafael, Natalia, Andrew, Thomas e Cecilia Marie

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