Avós e o coronavírus
● ● Depois da pandemia que nos separa virá um pandemônio delicioso
► Cá estamos, prudentemente, sofrendo fechados em casa por causa do coronavírus. Porém, um outro sofrimento nos aflige: a falta de contato físico com nossos netos.
Ah, como a casa fica vazia sem esses bebês, crianças e jovens que os preenchem! 1Sem o seu alarido; 2sem os seus abraços e beijos; 3sem que possamos sentir o contato com esses amorosos corpos que são a própria projeção de nossa vida; 4sem a radiosidade das netas e netos, que torna a quarentena quase insuportável.
Mas sabemos que nosso infinito amor pelos netos inclui a responsabilidade. Nossa paixão pelos netos exige o completo afastamento, em benefício deles e de nós mesmos.
Manter distância, eis o necessário desafio a vencer.
Normalmente, a distância dos netos já é muito ruim. Para alguns, essa distância é pequena: um andar no próprio prédio; algumas ruas, no mesmo bairro ou no bairro vizinho.
Mas, se a distância se alonga, com netos que moram em outra cidade, outro estado, outro país, ela se torna torturante.
Os encontros físicos ficam mais preciosos. Quando acontecem, são o baú do tesouro aberto pelos avós como riquezas imensas em suas vidas.
Em tais momentos, há que compensar as ausências, com tantas histórias contadas, tantas perguntas e respostas e, sobretudo, tantos beijos e abraços – o que nos é vedado neste tempo de pandemia.
Saudade atenuada pelas imagens coronavírus
Mas, dirão vocês, caras avós, prezados avôzinhos, que hoje em dia a maravilha da Internet, com as redes sociais, encurtou imensamente essa distância.
A alguns toques nas teclas, de computadores, tablets ou smartphones, netas e netos se nos apresentam nas telas.
E a saudade provocada pela distância fica menor, atenuada pelas imagens que nos deliciam com sorrisos, gracinhas, conversas e todas as formas de amor e carinho possíveis, mesmo de longe.
Porém, caros amigos, nossos companheiros avós de quarentena, vocês hão de convir que nada substitui a presença física, quando até o suor dos netos e netas, quando interrompem sua correria para nos envolver com seus bracinhos, torna-se o perfume mais delicioso que existe. Isto as redes sociais não podem propiciar.
O cuidado, a prudência, o amor de avós, enfim, nos obriga a ficar quietinhos em nosso isolamento, dando graças aos céus por ainda podermos desfrutar de encontros virtuais.
Caros vovôs e vovós, quando a solidão do isolamento, ou mesmo o medo de que essa terrível Covid-19 possa nos afastar para sempre dos nossos netos, momentos em que uma solitária lágrima de saudade de nossas netas e netos insista em rolar por nossa face, não se deixem vencer pela angústia ou pela tristeza.
Saibam que tudo isso vai passar.
Quando o coronavírus for vencido, veremos que, em lugar da pandemia, teremos o delicioso pandemônio dos netos e netas reinando em nossas casas e nossas vidas.
Fiquemos, pois, em casa. É este, no momento pelo qual estamos passando, o melhor presente que podemos oferecer a nossos amados filhos, filhas, netas e netos.
Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. Então.
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Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. Então.
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Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. Então.
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Nessa pandemia que rapidamente criou muros invisíveis e fronteiras impensáveis entre familiares e gerações, o lindo texto do Jota Carino é um grande e necessário afago nos corações dos avós.