Meditando com os netos
● ● Prática da avó também ensina as crianças a ter gratidão
► Desde os 5 e 7 anos, Felipe e Isabel, ao virem dormir na minha casa, foram iniciados à meditação antes de dormir, hábito que cultivo há anos. Meditando
É claro que adaptei ao momento deles: primeiro pedindo para sentar confortável de pernas cruzadas e as mãos apoiando os joelhos, acompanhado de um risinho excitado do Felipe e seriedade da Isabel; depois eu mostrava uma pequena sineta e explicando o toque para início e o fim da meditação.
Orientava fechar suavemente os olhos, fazendo a respiração profunda, inspirando, segurando em cinco segundos e soltando de uma única vez. Na primeira experiência Felipe, depois de três respirações, falou: “vó, meditar me dá um sono…”
Em seguida explicava a respiração do leão ou simhasana: inspirava de forma profunda pelo nariz e expirar fazendo um som forte de AHH, com a língua para fora, como se fossem o próprio leão.
Eles adoraram e até seguraram um risinho vendo meu ar concentrado. Em seguida, partíamos para o OMMM.
De soslaio, observava a seriedade deles. Ao término do OMMM eu começava meus agradecimentos: pela minha saúde, minha família, meus netos, minha casa, meus vizinhos, meus recursos, minha escrita, meus problemas e ao final encerrava com o Namastê.
Disputa pela sineta Meditando
Nas primeiras vezes, Felipe dizia: “agradeço meu cachorro Gordon, meus brinquedos, meus pais, e, Deus, por favor, dê água a quem ‘não tem’ sede e comida para quem ‘não tem’ fome”.
Isabel, fazia uma lista interminável de pessoas e agradecimentos. Após algumas experiências, ambos começaram a fazer seus pedidos em silêncio. A disputa era, e ainda é, quem deve tocar a sineta.
E houve um dia, muito antes da pandemia, os pais precisaram viajar e eles ficaram comigo. Eu tinha uma forte gripe, com febre alta e dor no corpo, eles estavam maiores e com autonomia para abrir a geladeira e pegar algo para comer.
Avisei ter tomado remédio, estaria no meu quarto, e deveriam me chamar caso precisassem, sem se esquecerem de escovar os dentes antes de dormir.
Manhã seguinte, estou preparando o café, e Felipe muito sério disse ter algo importante para me dizer, que o tinha deixado muito, mas muito chateado. O que foi? – pergunto.
E ele, desolado, me diz: “vó, nós não meditamos ontem antes de dormir!”
Eu abracei Felipe, lhe dei muitos beijos e pedi desculpas. E Isabel, conciliadora, emendou: “mas a vovó estava doente!”
Fico feliz em ter introduzido para essas crianças não só o conceito de meditação como a gratidão por tudo que temos.
Então. Pois. Então. Pois.
▲ ▼ ▲
Então. Pois. Então.
E mais…
Veja também no portal avosidade:
https://avosidade.com.br/vo-ni-modo-de-usar/
https://avosidade.com.br/bem-vindo-virus/
https://avosidade.com.br/netos-em-tres-continentes/
https://avosidade.com.br/helena/
https://avosidade.com.br/fraldas/
Então. Pois. Então. Pois.
♥ ♠ ♣ ♦
Então. Pois. Então. Pois.
Acompanhe o portal avosidade também no Facebook e no Instagram!
Acompanhe o portal avosidade também no Facebook, Instagram e podcast+!