Gerações

Planos do avô com a neta

O vovô descreve para a neta os seus planos, aventuras e traquinagens, em um lindo quintal repleto de bichos e árvores frutíferas

 Sexto texto da série escrita pelo avô para a neta em gestação

Vamos construir um pequeno galinheiro onde, nas manhãs, quando estiver conosco (o que não será raro) Liz virá apanhar ovos frescos. Neta.

Depois dará de alimentar aos peixes, brincará com Matilde (a tartaruga) e sentará em cima do casco de Claudionor (o jabuti) fazendo-lhe de bibi.

Colherá nos pés goiabas, limão, acerola e pitanga e catará, no chão, mangas e pedirá ao vovô que lhe acompanha para fazer aquele suco com um pouquinho só de açúcar. Sem a vovó ver.

Colocará um biquininho, pedirá para o vovô passar protetor solar, colocará boias nos bracinhos e sentará na lateral molhada da piscina com seus baldinhos e tais. Depois, dirá: “Pula, vovô…”, pedindo que eu entre na piscina. Pulará no meu colo e faremos juntos as maiores traquinagens na piscina.

Pretinha dirá que já chega, que está na hora do almoço e Liz retrucará: “Vovô quer brincar mais, mamãe… Não é vovô?” Esgotada Liz deixará a piscina enrolada pela mãe em uma toalha felpuda bordada com figuras com motivos de bichinhos.

Tomará seu banho e vestirá aquele vestidinho de alcinha para dias de muito calor e pedirá ao papai que lhe dê colo. Que quer almoçar no colo do papai. Poderá, eventualmente, ser no meu. Mas Claudinho ficando fora a semana inteira, será bom que Liz fique um tempo com o pai.

Brincadeiras e cochilo Neta

Depois irá dormir pelo menos uma hora. Acordará com um de seus bichinhos de pelúcia e andará descalça pelo corredor, esfregando com as mãozinhas os olhos e chamando: “Vovô… Vovô…”

Eu já estarei a postos. Ao cair da tarde a levarei, de mãos dadas, a passear pelas ruas do nosso condomínio. No retorno, cansada Liz pedirá colo. E eu a trarei contando histórias fabulosas ocorridas na mata que nos rodeia.

Quando chegarmos em casa, Liz perguntará ao papai, à mamãe e à vovó se tudo que o vovô contou foi verdade.

Eles nunca saberão exatamente o que eu estive contando para Liz nos passeios às tardes de domingo.

Esse é o patrimônio que o vovô quer deixar: que Liz sonhe.

Até breve.

Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. 

Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. 

E mais…

Veja também outros textos deste autor no portal avosidade:

https://avosidade.com.br/a-viagem-do-vovo-no-balao-de-sonho/

https://avosidade.com.br/a-poesia-do-dia-a-dia/

https://avosidade.com.br/vovo-por-que-a-gente-morre/

https://avosidade.com.br/vovo-de-onde-vem-os-bebes/

https://avosidade.com.br/a-distancia-entre-mim-e-minha-neta/

Então. Pois. Então. 

Então. Pois. 

Acompanhe o portal avosidade também no Facebook e no Instagram!

 

Acompanhe o portal avosidade também no Facebook, Instagram e podcast+!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *