Zito, o gol da vitória na Copa nunca se esquece
● Zito, o sério ‘comandante’ dos bicampeões, adorava brincar com netos
► Nas imagens das copas do mundo de 1958 e 1962, um dos maiores volantes de todos os tempos aparece quase sempre sério. Já na lembrança dos quatro netos, não. Eles recordam do vovô José Ely de Miranda, o Zito, sorrindo, brincando na piscina do sítio, inventando caça ao tesouro, distribuindo chocolates, organizando jogos.
“Ele adorava o papel de avô”, diz Erica, a mais velha, de 32 anos. Com os três mais novos – José Ely Neto (17), e os irmãos José Carlos (17) e João Vitor (16) –, o bicampeão esteve ainda mais disponível, quando já estava aposentado do trabalho na base do Santos, onde revelou craques como Robinho e Neymar. Conviveram estreitamente até meados de 2015, quando o ex-jogador morreu, aos 82 anos.
Zito carregava o apelido de “comandante” pelo costume de orientar os companheiros em campo. E pelas folclóricas broncas que dava nos colegas, pedindo mais gols, mesmo quando o time estava ganhando. Dizem que era o único que podia dar cascudos em Pelé, companheiro de seleção brasileira e no Santos. Era pura consideração, explicava o volante.
Comandante fora de campo Zito
“Ele era mesmo comandante dentro e fora de campo”, ri José Ely Neto, ao lembrar de como o avô fazia questão de que todos agissem corretamente. A ternura com que os descendentes falam sobre a integridade moral do avô é a mesma com que se lembram do barrigão dele, onde gostavam de deitar para assistir televisão.
Erica nunca esqueceu de uma vez em que usou o nome do avô famoso para entrar em uma balada em Santos, num fim de semana. Na segunda-feira, recebeu uma ligação enfurecida de Zito: “Levei a maior bronca da vida! Eu furei a fila e ele achou aquilo repugnante. Era uma pessoa muito honesta e foi isso o que ficou como aprendizado pra mim”, lembra a neta.
Procurar o avô na internet
Os irmãos que vivem em Santos, José Carlos e João Vitor, aprenderam muito sobre a história do avô ao frequentar eventos onde ele era homenageado. José Carlos conta que os vídeos nos telões, textos e comentários aguçavam ainda mais sua curiosidade: “Eu costumava pesquisar mais na internet. Falavam sobre o gol dele [o gol da virada na final de 1962] contra a Tchecoslováquia, e eu queria saber o que o pessoal de lá achava sobre o Brasil e se falavam sobre meu avô”.
José Neto, de São Paulo, também usava a internet para ir atrás de mais dados como número de gols e número de vitórias. Quando iam juntos a uma partida do Santos, ele gostava de ver o avô ser aplaudido na rua da Vila Belmiro: “Era muito precioso, uma honra”. Os quatro netos são santistas.
Outras copas
Imagine assistir a uma Copa do Mundo com seu avô se ele for um bicampeão no torneio. Os netos contam que ele era vidrado, torcia muito pela seleção e continuava querendo dar palpites, como quando jogava. “Estava no sofá, mas queria estar dentro de campo, falando com todo mundo”, brinca Erica.
Fora o mundial, seus campeonatos favoritos eram o paulista e carioca, porque adorava ver o desenvolvimento de jogadores mais novos. E sobre as copas que jogou? “Eu adorava perguntar sobre a de 1962”, diz José Carlos. “E ele falava que não tinha sensação melhor do que fazer um gol em final de Copa.”
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Portanto. Portanto. Entretanto. Portanto. Todavia. Porém. Afinal. Entretanto. Todavia.
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