Saúde

Dr. Octávio Neto: cuidados para evitar um AVC na maturidade

A prevenção pode reduzir em até 90% o risco de AVC, diz o autor, mas é preciso máxima atenção a fatores como obesidade e sedentarismo

Palavra de especialista: só 4 horas e meia para evitar sequelas

Com a população brasileira vivendo cada vez mais, é importante redobrar os cuidados com a saúde, visando a prevenção de doenças, especialmente as que são mais comuns na maturidade. Um exemplo é o Acidente Vascular Cerebral, ou AVC. Se não for tratado imediatamente, pode deixar sequelas, causar incapacidade funcional ou, até mesmo, levar à morte.

Existem dois tipos de AVC. O mais comum, o isquêmico, ocorre devido ao entupimento de uma artéria cerebral, que deixa de levar sangue e oxigênio para os neurônios, ocasionando a morte. Já o hemorrágico acontece pela ruptura de um vaso sanguíneo, promovendo sangramento e inchaço em uma parte do cérebro.

Em cerca de 80% dos casos, o AVC é isquêmico, com uma taxa de mortalidade anual de 15% a 20%. Em se tratando do AVC hemorrágico, a mortalidade é significativamente maior, atingindo 50% dos pacientes por ano.

O AVC pode ocorrer em jovens e adultos. Essa emergência médica, porém, é mais frequente em pessoas com mais de 50 anos. Nessa idade, a incidência da doença também passa a dobrar a cada década. O que fazer para preveni-la?

Traiçoeiro, AVC chega sem dor

A boa notícia, apesar de ser uma doença cerebrovascular grave, é que se pode reduzir em até 90% o risco de AVC por meio da prevenção primária, na qual o foco é o controle dos principais fatores de risco, tais como a pressão alta, a obesidade, o sedentarismo, o diabetes, o colesterol alto, a alimentação inadequada e o tabagismo.

Outras condições que devem ser levadas em consideração são a fibrilação atrial, arritmia cardíaca mais comum do mundo, que aumenta em até cinco vezes o risco de AVC; e, no caso da mulher madura, a terapia de reposição hormonal, que pode potencializar o risco de aparecimento da doença.

AVC

Na maioria das vezes, é possível reconhecer um AVC pelos seus sintomas mais comuns. Entre eles estão fraqueza ou dormência súbita de um lado do corpo, dificuldade repentina para falar e entender, desvio da rima labial, dificuldade ou perda súbita da visão, problemas para andar, perda da coordenação motora ou dor de cabeça explosiva e intensa.

É importante destacar, entretanto, que com grande frequência o paciente não sente dor nenhuma.

Caso um ou mais sintomas estejam presentes, é preciso procurar ajuda médica o mais rápido possível. Apesar de grave, o AVC pode ser tratado.

Campanha A Vida Conta

É isso o que a campanha “A Vida Conta – Cada minuto faz diferença” visa alertar. A iniciativa da Rede Brasil AVC e da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, com o apoio da Boehringer Ingelheim, traz materiais educativos que estão sendo disponibilizados na Fanpage da ONG, no formato de vídeos, infográficos e textos.

Na forma isquêmica da doença, é possível tentar reverter o quadro com medicamentos trombolíticos. Eles dissolvem coágulos, desobstruem a artéria cerebral e fazem com que a circulação local volte ao normal.

Quanto mais precoce a intervenção terapêutica é realizada, dentro de uma janela de até quatro horas e meia, maiores são as chances de uma recuperação sem sequelas, independentemente de o paciente ser idoso ou não.

Dificuldades na fala e na coordenação motora estão entre as sequelas que podem ser ocasionadas pela doença. Isso pode culminar em uma mudança dramática no estilo de vida do paciente e da família.

Além disso, o impacto econômico do AVC é muito alto. Em mais de 50% dos casos, os pacientes não conseguem voltar ao trabalho e precisam de um cuidador, seja ele um profissional ou um familiar que irá se responsabilizar por seu bem-estar.

A vida pós-AVC requer um cuidado ainda maior: quem sofreu o primeiro possui um risco maior de ter um segundo. Por isso, a prevenção secundária é muito importante.

Além dos cuidados com os fatores de risco já citados, é crucial a descoberta da causa do primeiro AVC, pois, na maioria das vezes, o segundo ou o terceiro são provocados pelo mesmo fator.

Descobrindo a origem, será possível para o médico definir um tratamento adequado a cada paciente.

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