Saúde

Dr. Orlando: diferenças entre AVCs

● Qualquer que seja o tipo, o importante é tratar com urgência

Os sintomas são alteração de fala, dificuldade de se manter em pé e perda da visão de um ou dos dois lados do corpo

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como “derrame”, é altamente prevalente e praticamente todas as famílias têm pelo menos um caso. Ou alguém na família conhece quem teve a doença. Isso porque uma a cada seis pessoas em algum momento vai ter um acidente vascular cerebral. Diferenças.

O AVC é o entupimento ou rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro, provocando a paralisia da área cerebral pela falta da circulação sanguínea. Essa doença acomete mais os homens e é uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo.

Dividimos os acidentes vasculares cerebrais em hemorrágicos e isquêmicos, e o segundo é o mais frequente. A isquemia é uma obstrução de alguma parte da circulação, podendo ser nas artérias que levam o sangue oxigenado ao cérebro, ou nas veias que fazem o retorno do sangue. Esse tipo representa 85% dos casos de AVC.

O AVC hemorrágico, já ocorre quando há rompimento de um vaso cerebral, causando a hemorragia. Ela pode acontecer dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge. É responsável por 15% de todos os casos de AVC, mas pode causar a morte com mais frequência do que o AVC isquêmico.

Início repentino

O AVC é comum em pessoas com mais de 60 anos, porém o número de pessoas com menos de 45 anos sofrendo com a doença aumentou depois da pandemia. Os sintomas são súbitos e de início repentino, relacionados à perda de movimento normalmente de um dos lados do corpo, ou de um dos lados da face.

Outros sintomas são alguma alteração de fala, mudança exclusiva da visão e alteração de equilíbrio. A pessoa também pode ter dificuldade de se manter em pé. Existe a possibilidade da perda da visão de um dos lados, ou dos dois lados ao mesmo tempo, o que é mais incomum.

Apesar de o AVC isquêmico ter menos chances de levar a pessoa a óbito, o tempo para evitar sequelas é mais curto, porque, nesse caso, a obstrução da oxigenação vai destruindo neurônios.

Quanto maior o tempo o paciente esperar para ir ao hospital, aumenta o risco de ter alguma sequela. Existem alternativas terapêuticas, como um medicamento aplicado na veia, ou a reabertura mecânica para desobstruir a artéria, mas a segunda opção, geralmente, é realizada quando o medicamento não é suficiente.

Porém, os dois tratamentos são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pela rede privada de saúde.

Os fatores que aumentam a probabilidade de ocorrência de um AVC, seja ele hemorrágico ou isquêmico são: hipertensão; diabetes, colesterol alto, sobrepeso, obesidade, tabagismo, alcoolismo, idade avançada, sedentarismo, uso de drogas ilícitas e histórico familiar.

Imagem: Freepik

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Dr. Orlando Maia

Médico neurocirurgião, especializado em neurorradiologia intervencionista e em gestão pública. Fundou a rede de hospitais e clínicas Interneuro, focada no tratamento das patologias neurológicas por métodos minimamente invasivos. Foi eleito presidente da Sociedade de Neurocirurgia do Rio de Janeiro, em 2018, e concorre novamente ao cargo

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