Saúde

Tendência à incontinência urinária

● Exercícios, medicamentos e cirurgia podem controlar a doença

A incontinência urinária atinge mais de 70% das mulheres no mundo, mas elas não costumam buscar ajuda. Por isso é importante alertar sobre os benefícios de tratamentos simples que devolvem a qualidade de vida para as pacientes.

A doença, que afeta o sexo feminino duas vezes mais que os homens, tem baixa gravidade mas pode comprometer a vida social até mesmo de jovens adultas.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, a incontinência urinária atinge 72% das mulheres no mundo. Cerca de 20% dos casos da doença são em mulheres adultas, e em idosas pode chegar a 50%.

O número de casos pode ser ainda maior, uma vez que muitas mulheres com perda urinária não buscam tratamento para a enfermidade, por achar que é um problema comum do envelhecimento e que, por isso, devem aprender a conviver com ele.

A doença se caracteriza pela perda involuntária de urina e conta com três tipos:

. a de esforço, quando há perda de urina em atividades que contraem a região do abdômen (tossir, espirrar, rir e fazer atividade física de alto impacto);

: a de urgência, quando há súbita vontade de urinar e a pessoa não consegue chegar a tempo no banheiro; e

| a mista (caso de idosos e diabéticos, ou pessoas com lesões na coluna e medulares), que associa os dois tipos anteriores.

Entre as causas mais comuns estão alterações hormonais, enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico, seja pelo envelhecimento, por uma (ou mais) gestação, tabagismo, lesões ou mesmo pela prática de exercícios físicos de alto impacto ou de forma inadequada.

No caso da bexiga hiperativa, o tratamento é feito com medicação. Quando o problema é relacionado à fraqueza muscular, a fisioterapia pélvica pode resolver o caso ou pode ser necessária a cirurgia de correção.

Consequências psicológicas

A incontinência urinária geralmente começa na mulher na menopausa, por causa da alteração hormonal. Mulheres que tiveram parto normal também têm uma tendência maior antes da menopausa.

As que estão no climatério podem ter um pequeno escape ao fazer esforço, o que o laser, a reposição hormonal, o exercício físico e a cirurgia podem resolver.

Como consequência, as mulheres com a doença começam a usar absorvente íntimo e fralda geriátrica e passam a ter infecção urinária de repetição. Algumas sofrem um processo depressivo porque não saem de casa por conta da incontinência.

Homens também podem ter o problema por causa do aumento da próstata, Parkinson e deficiência de dopamina.

A solução é procurar fazer exercício físico desde jovem. Exercício pélvico também ajuda no caso das mulheres, assim como a dosagem hormonal e a cirurgia de períneo.

Também existem remédios para incontinência em casos de quadro demencial. A infecção urinária às vezes é confundida com incontinência porque o paciente tem uma urgência urinária.

Tenho pacientes que não são da época do absorvente. Elas usam paninhos na área íntima, o que atrapalha tudo. Ou então elas não conseguem se secar como deveriam, começando da frente.

Quando elas passam a ter a incontinência e vão com mais frequência ao banheiro, elas se secam muito e de trás para frente, o que causa a infecção, assim como o uso do absorvente por muito tempo. É necessário trocar o absorvente ou a fralda geriátrica pelo menos quatro vezes ao dia.

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Dra. Márcia Umbelino dos Santos

Médica com mestrado em Auriculoterapia e pós-graduada em Geriatria, Medicina Tradicional Chinesa, Ortomolecular e Tratamento da Dor

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