Planejar agora o próximo ano
● Aqui estão 3 motivos para não adiar as decisões financeiras
► Depois das eleições, vêm aí a Copa do Mundo e as festas de fim de ano, eventos que tendem a reunir mais as pessoas do que nos anos anteriores. Este 2022 é definitivamente um ano agitado, que exige um controle da agenda para não perder de vista algumas prioridades, sendo uma delas planejar o próximo ano.
Sim, o planejamento dos compromissos e objetivos financeiros para 2023. É isso mesmo. Se por algum motivo você não fez esse mapeamento, a recomendação é separar um tempinho na agenda concorrida desses próximos dois meses.
A tarefa fica mais suave (e rápida) com o acompanhamento de um planejador financeiro. Afinal, muito do sucesso das finanças no próximo ano depende do que está sendo feito agora, e vou elencar três bons exemplos.
#1
Esteja um passo à frente das despesas maiores, reforçando a reserva.
A lição número um para começar o ano com o pé direito é estimar agora o orçamento para o começo do próximo ano, ao menos do primeiro trimestre. Isso pode ser feito por meio da anotação das rendas que receberá e também das despesas que terá em janeiro, fevereiro e março.
São conhecidos como os meses de maior peso no bolso, pois é quando chegam os avisos de pagamento de impostos anuais de veículos e imóveis, reajustes de serviços e materiais, além de faturas maiores de cartão de crédito após as compras de fim de ano e viagens de férias.
Elas tendem a ser elevadas não só porque os preços, de forma geral, aumentaram, mas também por causa da retomada das reuniões familiares.
Então, a revisão do orçamento e a separação de um valor da reserva para fazer frente a essas despesas deve ser feita agora, quando ainda há chance de destinar parte da renda oriunda de bonificações como o 13º salário, ou mesmo outro tipo de receita extra que possa vir a ter nesse fim de ano, caso tenha um negócio próprio.
#2
Aproveite o exercício para retomar outros objetivos financeiros.
Já que está com a “mão na massa”, vale a pena colocar no papel um projeto que ainda está adormecido e adiado desde o início da pandemia.
Um curso, uma viagem, uma reforma, um carro, um sabático? Quanto custa esse objetivo e qual o prazo? Quanto precisa começar a investir para realizá-lo?
Ao responder essas perguntas, o sonho passa a se chamar objetivo e começa a ganhar corpo. E o planejamento financeiro, com apoio de um profissional, servirá para materializá-lo.
Afinal, planejamento financeiro se faz para ter tranquilidade quando as contas são pesadas, mas também para fazer brilhar os olhos ao saber que começa a se transformar em realidade algo que ficou parado no campo das ideias, até para que não se tornem frustrações.
#3
Até o fim de dezembro: a chance de pagar a você mesmo em vez do governo!
Antes do apagar das luzes de 2022 é possível tomar medidas para mudar o resultado da declaração de Imposto de Renda, que será preenchida em 2023. Parece contraintuitivo parar para planejar a situação de impostos, o que geralmente se faz em março.
Mas o objetivo de simular agora é verificar se é possível diminuir o valor a pagar ou aumentar o montante a restituir de Imposto de Renda. Com a simulação da declaração, é possível tomar uma decisão que pode fazer com que a pessoa pague a si mesma em vez de pagar para o governo.
São estratégias legais, como fazer uso da dedução de 12% da renda tributável anual por meio de uma aplicação em PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), ou deduzir por meio de doações. Depende de cada caso e tipo de declaração, e o importante é que a medida seja tomada no ano fiscal de 2022.
Então, essa tarefa é bastante recomendada para quem costuma ter Imposto de Renda a pagar e, ano após ano, recorre ao parcelamento para aliviar a mordida do Leão.
Como há muitos detalhes, vale fazer a simulação junto com um planejador financeiro, que poderá dar uma recomendação do melhor emprego desses recursos.
Imagem: Freepik
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