► Chegou a hora de prestar contas sobre tudo o que se passou na vida financeira e patrimonial em 2022. Dicas
A temporada de entrega da declaração de Imposto de Renda (IR) costuma ser tensa, pois são muitos os detalhes a se observar no preenchimento e nem sempre o resultado final, o momento de saber se haverá restituição ou pagamento, agrada.
Neste ano, diferentemente dos anteriores, o prazo de início da entrega da declaração foi adiado em 15 dias, o que trouxe uma oportunidade de reunir os informes e organizar as informações com calma, o que é altamente recomendável fazer antes de iniciar o preenchimento.
O prazo final de entrega neste ano será 31 de maio e, após esse período, o contribuinte deve pagar multa por atraso.
Com mais tempo, também é possível aproveitar o processo para fazer escolhas vantajosas, tais como refletir sobre a evolução do patrimônio e começar a fazer o planejamento da declaração a ser entregue em 2024, em busca de mais eficiência.
Dica nº 1: olhar de lupa dicas
Com todos os documentos em mãos, é o momento de preencher a declaração no programa da Receita Federal ou de conferir e corrigir as informações na declaração pré-preenchida. Nesta opção, a declaração é feita de forma online, sem necessidade de download do programa.
Outra comodidade da declaração pré-preenchida é quase não é necessário digitar, pois todas as informações de fontes pagadoras, incluindo rendas de aluguel intermediadas por imobiliária, bancos, corretoras e até de pagamentos feitos a médicos, hospitais e clínicas já estão preenchidas, pois já foram informadas anteriormente à Receita Federal.
Quem opta por esse modelo, deve ter acesso ao sistema “gov.br” nos níveis Ouro ou Prata.
Também precisará lançar um olhar de lupa sobre todas as informações. Como é uma modalidade em desenvolvimento pela Receita Federal, podem aparecer números e informações diferentes dos que constam nos informes de rendimentos.
Porém, a responsabilidade pela informação é apenas do contribuinte, que deve declarar apenas o que pode comprovar, ou seja, os dados dos informes de rendimentos, recibos e notas fiscais.
Se um parente costuma fazer a declaração, é possível conceder autorização de acesso no site Meu Imposto de Renda, para que seja realizada no modelo pré-preenchido.
Dica nº 2: pensar antes de entregar dicas
Depois de conferir as informações, é possível pensar em uma estratégia quanto à data de entrega da declaração.
Quem tem imposto a restituir e não fez planos datados para o uso do dinheiro ou, ainda, não precisa do valor para pagar dívidas, pode deixar para entregar mais perto do prazo final e ganhar juros.
Isso mesmo, sobre o valor da restituição, há a correção da taxa de juros Selic, a partir do prazo final de entrega até o mês anterior de pagamento, e mais 1% no mês do depósito em conta. Hoje, a Selic está fixada em 13,75% ao ano.
Assim, deve pagar um rendimento maior do que o de aplicações financeiras de renda fixa com disponibilidade de resgate diário, já que sobre o rendimento da restituição não há incidência de Imposto de Renda.
Por outro lado, quem tem pressa para receber, pode fazer a declaração pré-preenchida e escolher receber o valor por Pix. Essas são as condições desse ano para ter prioridade no recebimento da restituição.
Dica nº 3: se precisa pagar, tem de planejar dicas
Quem tem Imposto de Renda a pagar poderá parcelar em oito vezes, desde que o valor de cada parcela não seja inferior a R$ 50. Se o total for de até R$ 100, deve ser pago à vista.
Embora a notícia do pagamento seja desagradável, traz uma oportunidade: o de fazer o planejamento fiscal, uma das etapas do trabalho do planejador financeiro.
Nesse processo, as informações são organizadas para simular como será a declaração a ser entregue no próximo ano.
A prévia permite adotar medidas que podem reduzir o IR a pagar. Uma delas é a aplicação de até 12% da renda total tributável no PGBL no ano fiscal atual para que seja uma vantagem em 2024.
Mas, atenção: não é todo mundo que terá uma vantagem só com essa medida. Pode ser eficiente para quem declara pelo modelo completo, contribui para o INSS ou é aposentado.
Há muitos fatores a considerar, como o valor pago em impostos no ano em relação, a soma da renda tributável anual, quais são as fontes de renda e a quantidade de despesas dedutíveis.
O conjunto de informações pode determinar o melhor tipo de declaração, simplificada ou completa, e se haverá uma vantagem com o aporte em PGBL.
Por isso, a simulação feita por um planejador financeiro é importante.
Outras reflexões dicas
Além disso, há uma tendência de tomar decisões com base na declaração passada. E as simulações fiscais, quando bem feitas, consideram as expectativas para o ano atual, contabilizando reajustes na renda.
Mais do que ter uma prévia de como será a próxima temporada de IR e, assim, ter a oportunidade de mudar o futuro, a observação da declaração de IR junto com um planejador financeiro traz outras reflexões:
● como foi a evolução do patrimônio anos últimos anos?
● quais decisões tomou e ainda pode tomar para melhorar essa fotografia da vida financeira?
Enfim, é muito mais do que apenas preencher e conferir números. Está pronto para começar?
Imagem: Lastlink
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