► Nossa netinha Helena nasceu no dia 9 de abril de 2020, em meio à pior pandemia que a Humanidade conheceu desde a Gripe Espanhola, no início do século XX. Todos os nossos sonhos e os nossos melhores planos nos fugiram por entre os dedos, foram por água abaixo.
Projetos de ida à maternidade conhecer Helena; vontade de estar com nossa filha e nosso genro neste momento tão especial; de estar com os outros avós, nossos amigos, e com os demais amigos queridos que fossem conhecer nossa neta e nos cumprimentar naquele momento de tanta alegria; desejo de tirar fotos com a neta no colo para a posteridade, tudo foi-se embora, inapelavelmente levado pelo invisível ladrão.
O vírus nos roubou tudo aquilo que tínhamos acalentado e projetado ao longo de quase nove meses.
Não satisfeito, ele segue nos roubando. Tirou da avó a deliciosa tarefa de cuidar da neta, ajudando nossa filha, como é de costume, nos primeiros dias de volta à casa, com um pacotinho que não vem com manual de instruções e nem botão de desligar. Tirou do avô momentos de babação pura e de incontáveis fotos e vídeos no celular.
Convívio com protocolos
Nestes mais de dois meses e meio, só pudemos vê-la pessoalmente cinco vezes, cheios de máscaras, álcool gel e um milhão de cuidados, uma miséria para quem desejava estar com ela todos os dias… Não sabemos se agimos da melhor maneira, mas o coração falou mais alto!
Temos nos contentado com as muitas fotos que nossa filha nos manda e com as lives dos banhos, das mamadas e dos sorrisos (?) da Helena, que sempre nos alegram e aliviam sua ausência.
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É engraçado que, mesmo não a tendo sempre perto, a sua existência já mudou totalmente as nossas vidas. Tudo para quando uma chamada de vídeo toca no celular ou no computador. Sonhamos com ela e ficamos contando os dias para a próxima visita, até que ele chega.
Mas ainda assim, diante de toda essa dificuldade, temos feito muita coisa. Temos feito o mesmo que fizemos antes do nascimento da Helena: sonhamos e acalentamos todos os dias os planos das coisas que faremos quando esse pesadelo passar e nós pudermos voltar a ter uma vida normal.
Aí, faremos o “toco da farra”, como dizia o nosso querido tio Ufe, faremos tudo que avós e neta têm direito, celebrando a vida e recuperando o tempo perdido, não é Helena?
E mais…
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