Saúde

Dr. Fabio: parados no tempo

● Palavra de especialista: vacinar ou não as crianças? Sim, à vacina!

Há dois anos estamos repetidamente ouvindo e falando sempre as mesmas coisas: pandemia, vírus, vacinas, variantes

Em 1993 foi feito um filme que recebeu o nome em português de “O feitiço do tempo”. Resumo: todos os dias eram iguais, eram o mesmo dia. Todos os acontecimentos se repetiam da mesma maneira, como se o personagem (interpretado pelo grande ator Bill Murray) tivesse sido preso pelo tempo, por mais que ele quisesse mudar as coisas. Veio-me à memória este filme ao me dar conta que, há dois anos, estamos como que parados no tempo, ouvindo e falando sempre sobre as mesmas coisas. Pandemia, vírus, vacinas, variantes…

Claro que a situação continua preocupante, agora temos duas doenças ocorrendo simultaneamente, a Covid e a Influenza, e complicando ainda mais o entendimento deste momento.

Como pediatra, nunca fui tão procurado ao telefone com a mesma pergunta partindo de todas as famílias: vacino ou não o meu filho?

A resposta que dou, e que me parece ter sido a mais clara, é: vacinou com a tríplice, com a da hepatite, sarampo, caxumba, rubéola? Então, por que resistir e se assustar com uma vacina que segue os mesmos métodos de produção das outras?

Sabemos que há tempo os grupos antivacina no mundo se opõem, sem base científica nenhuma, a algumas vacinas, como a do sarampo. Divulgam dados falsos do tipo “esta vacina faz com que as crianças fiquem autistas, tenham deficiências cognitivas”, e assim vai.

Nada disso foi provado e, mesmo considerando a possibilidade de acidentes vacinais, esse risco é infinitamente menor do que a doença em si, pode provocar.

Mais doses, maior é a defesa

A agressividade aparentemente menor da variante atual do Covid, a ômicron, certamente se deve em grande parte ao fato de que, apesar da atuação desastrosa das autoridades, a começar do presidente e dos ministros da saúde subservientes que aceitam as orientações sem sentido da Presidência, já temos dois terços da população vacinada.

Está demonstrado que, quanto mais doses, maior é a defesa (com três doses o risco de doença grave é quase zero). Portanto, há que se continuar o programa de vacinação.

O ministro Queiroga, da Saúde, cometeu grave erro ao deixar a vacinação das crianças a critério dos pais, quando o mundo já sabe da sua eficácia, da ausência de riscos e da proteção que confere.

Portanto, à vacina! Não transformar questões de saúde e ciência em questões de fé! Morrem crianças por Covid todos os dias no mundo e aqui. Vamos correndo proteger as nossas e pressionar para que isso seja feito da melhor e mais rápida maneira!

Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. Então. Parados.

E mais…

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Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. Então. Pois. Então. Parados.
É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi. É. Oi.
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Dr. Fabio Ancona Lopez

Médico com experiência de mais de 50 anos de exercício da Pediatria e especialização em Nutrologia; é professor titular aposentado da Disciplina de Nutrologia do Departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo; é autor do livro “Avós e Netos – uma forma especial de amar – manual de convivência”, além de ser também um avô muito experiente

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