Saúde

Dr. André: osteoporose silenciosa

● Palavra de especialista: descubra como prevenir e tratar

Entre homens acima de 50 anos, 20% um dia terão fratura por osteoporose; entre mulheres, o índice sobe para 50%

A osteoporose é uma doença metabólica definida pela rápida perda de massa óssea, já afeta mais de 10 milhões de brasileiros, segundo dados do Ministério da Saúde, índice maior que infartos e AVCs (acidentes vasculares cerebrais).

A cada 3 segundos, uma pessoa sofre uma fratura causada pela doença, e as mulheres são as que mais sofrem com o problema.

Enquanto 20% dos homens com mais de 50 anos apresentarão uma fratura por osteoporose na vida, entre elas, esse índice sobe para 50% e o risco de fratura no quadril é quatro vezes maior.

As fraturas são o desfecho mais grave da doença, que pode ser prevenida ou minimizada com suplementação, dieta balanceada e exercícios físicos.

Existem a osteoporose primária e a secundária. A primeira é classificada em tipos I e II.

A de tipo I é causada principalmente pela queda na produção do estrogênio, mais frequente em mulheres pós-menopausa, levando a rápida perda de massa óssea. Predominantemente atinge o osso trabecular e é associada a fraturas das vértebras e do rádio distal.

E a de tipo II é ligada ao envelhecimento. Aparece por deficiência de cálcio e diminuição da formação óssea.

Já a osteoporose secundária é ocasionada por processos inflamatórios, como a artrite reumatoide; alterações endócrinas e hormonais, e desordens adrenais, por uso de drogas como heparina, álcool, vitamina A e corticoides, e também o cigarro.

Tem tratamento, não cura

A osteoporose é a principal causa de fraturas de fêmur na terceira idade, por exemplo, e elas têm efeitos devastadores.

Cerca de 25% dos pacientes que sofrem uma fratura de fêmur morrem no primeiro ano pós-fratura. E aqueles que não morrem têm uma perda definitiva da independência, gerando um ônus econômico e social enorme.

Um dos maiores problemas que dificultam a prevenção é que a doença costuma ser silenciosa e, geralmente, só percebida após uma fratura por trauma mínimo.

Com o aumento da população idosa, sem as devidas campanhas de conscientização e prevenção à osteoporose, pode-se esperar um aumento na incidência de fraturas ósseas e, consequentemente, no número de internações, o que pode levar a uma sobrecarga no Sistema Único de Saúde (SUS).

A osteoporose não tem cura, mas pode ser tratada e até mesmo prevenida com medidas simples.

É preciso estar atento aos sintomas, os mais comuns são: diminuição da altura corporal, sensação de formigamento nas pernas ou dor no quadril, fragilidade óssea, diminuição da força de preensão e dor no pescoço, retração gengival e dor nas costas, entre outros.

Por isso, a partir dos 45 a 50 anos, é importante manter uma rotina de exames de sangue e imagem – como densitometria óssea – e acompanhamento clínico com um médico ortopedista.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença atinge mais de 200 milhões de mulheres no mundo, sendo mais comum nelas durante a menopausa, por causa da queda do estrogênio, hormônio que ajuda a equilibrar a saúde dos ossos em pessoas do sexo feminino, levando a queda do hormônio pode levar a perda de massa óssea.

Como prevenir

Medidas que ajudam na prevenção:

  • Consumir alimentos ricos em cálcio, magnésio e vitamina D (exemplo: ovo, leite, espinafre, rúcula, oleaginosas como castanhas);
  • Evitar consumo exagerado de cafeína;
  • Tomar sol pela manhã para absorver vitamina D;
  • Repor vitaminas;
  • Evitar bebida alcoólica;
  • Praticar exercícios que exijam força muscular.

Outros fatores também influenciam a propensão para a doença, por exemplo: histórico familiar de osteoporose, deficiência de vitamina D, desequilíbrio do hormônio que regula a absorção de cálcio pelo intestino e sua excreção nos rins, sedentarismo, consumo de cigarro e bebida alcóolica também contribuem para a perda progressiva da massa óssea.

É mais comum fraturas das vértebras por compressão tendo como consequência problemas principalmente na coluna, por ser a parte que sustenta o corpo todo ela acaba recebendo muita pressão, também fraturas na região do fêmur, punhos e costelas, causando dor no local da fratura ou desgaste ósseo.

Por isso, o quanto antes se fizer reposição de cálcio e se combater a osteoporose as fraturas e dores podem ser evitadas.

Imagem: Instituto do Câncer

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Dr. André Perin Shecaira

Médico com especialização em Ortopedia e Traumatologia; pioneiro em cirurgia percutânea do joanete, é especializado em reconstrução e alongamento ósseo e em cirurgia no pé e tornozelo e também expert em tratamento de braquimetatarsia

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