
► Envelhecer ainda é, para muitos, sinônimo de abrir mão do conforto físico. A dor crônica costuma ser tratada como algo inevitável, uma consequência natural da passagem do tempo. Quiropraxia
Mas esse incômodo, embora comum, está longe de ser normal e, menos ainda, inescapável.
Segundo dados do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos (ELSI-Brasil), financiado pelo Ministério da Saúde, as dores crônicas fazem parte do cotidiano de 36,9% dos brasileiros com mais de 50 anos.
No cenário global, dados da Organização Mundial da Saúde apontam que, em 2020, mais de 619 milhões de pessoas sofriam com lombalgia.
E o futuro exige atenção: projeções publicadas no Lancet Rheumatology estimam que esse número chegará a 843 milhões até 20503, impulsionado principalmente pelo envelhecimento da população mundial.
Diante desse panorama, cresce a busca por soluções que não apenas tratem a dor, mas também previnam novas crises e contribuam para uma vida com mais qualidade e autonomia.
É nesse contexto que a quiropraxia, área da saúde especializada na avaliação, tratamento e prevenção de disfunções dos sistemas muscular e articular, ganha protagonismo.
Os ajustes articulares e o trabalho em tecidos moles restauram a mobilidade, reduzem a inflamação e melhoram a propriocepção, algo essencial para manter equilíbrio e independência funcional à medida que envelhecemos.
Estudos reforçam essa abordagem preventiva. Pesquisas com pessoas em processo de envelhecimento e que convivem com dor mostram que aquelas que recebem manipulação vertebral apresentam menor risco de quedas e maior funcionalidade.
Começar antes da crise intensa
Ensaios clínicos em andamento vêm analisando a combinação entre quiropraxia e exercícios físicos na melhora da força muscular e da qualidade de vida, com resultados bastante positivos, inclusive na redução do uso de medicamentos e custos com saúde.
Mais do que tratar sintomas, o acompanhamento regular com quiropraxistas ajuda a identificar desequilíbrios posturais, fraquezas musculares e hábitos cotidianos que, silenciosamente, aceleram processos degenerativos.
Começar antes da crise intensa faz toda a diferença: conseguimos preservar os discos intervertebrais, evitar compensações e, muitas vezes, impedir que a dor se torne parte da rotina.
Para quem deseja apostar na prevenção, alguns cuidados são fundamentais. É essencial buscar profissionais qualificados – o Brasil já conta com cursos superiores de Quiropraxia, e o projeto de lei que regulamenta a profissão avançou no Senado em 2025.
Também é recomendável passar por uma avaliação individualizada, que considere o histórico clínico e o exame físico completo. Quando necessário, exames de imagem são utilizados para embasar o plano terapêutico.
A combinação entre ajustes manuais e exercícios personalizados potencializa os resultados. E manter um acompanhamento periódico permite correções precoces e orientações contínuas de autocuidado.
Cuidar da coluna não deve ser visto como um luxo, mas como parte de uma estratégia inteligente para envelhecer com saúde.
A quiropraxia, integrada a um estilo de vida ativo e consciente, ajuda a reduzir o impacto da dor crônica, preservar a autonomia e viver com mais bem-estar e liberdade as próximas décadas da vida.
Imagem: Minha Vida Saúde
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