Comportamento

Dra. Elaine: medos e fobias

● Eles são úteis, protegem; elas são excessivas e irracionais

Segundo a autora, o medo ajuda a pessoa a se preparar para alguma situação, mas, se for exagerado, se torna um mal

A palavra fobia vem do grego “phobos”, que corresponderia a um intenso medos e terror, pavor.

A fobia é caracterizada pela presença de medo acentuado e persistente que é excessivo ou irracional, desencadeado pela presença ou antecipação de um objeto ou situação específica.

A exposição ao estímulo fóbico provoca quase invariavelmente uma resposta ansiosa imediata. A pessoa reconhece que o medo é excessivo, no entanto, não tem controlo sobre suas reações.

Os primeiros sintomas de fobia ocorrem habitualmente na infância ou no início da adolescência, podendo, porém, já aparecer mais cedo nas mulheres do que nos homens.

Os fatores predisponentes para o desencadeamento da fobia incluem, de forma geral, acontecimentos traumáticos que tendem a ter um desenvolvimento agudo.

É importante o diagnóstico e o tratamento serem realizados o mais breve possível. Caso contrário, as fobias podem comprometer gravemente a vida e levar ao isolamento social, depressão, abuso de substâncias, suicídio.

Há, aqui, um paralelo, por exemplo, com a fobia e medo em relação ao coronavírus e o isolamento social. Este que já era uma condição dada à população para contenção da pandemia, também se tornou o refúgio de quem tem medos e fobias acentuados.

Os medos aparecem quando são úteis, novamente, como exemplo, temos o caso da pandemia em que o medo pode ter feito com que muitas pessoas não contraíssem a doença ao se isolarem de forma segura.

Outras situações em que o medo é útil, ou seja, quando ele acaba por proteger a pessoa: o medo das alturas, o medo de se machucar, o medo de perder o emprego, todas situações que fazem com que a pessoa tome certos cuidados.

Contextos controláveis

E, quando são contextos controláveis ou suficientemente dominados e deixam de constituir ameaça, esse medo tende a desaparecer e retornar somente quando a pessoa é exposta novamente àquela situação.

O medo e a ansiedade variam, tanto no que desencadeia esses quadros quanto na intensidade da resposta.

Os indivíduos que necessitam de um grau de ameaça elevado ou em que a intensidade da resposta é baixa, assim como os que facilmente são ativados e respondem de modo intenso, apresentam perturbações ou desregulações da resposta ansiosa.

Um exemplo de quando o medo se transforma em um problema que deve ter acompanhamento profissional é quando ele se transforma em outra doença.

É a hipocondria, em que se tem um medo excessivo e não realista de ter algum sintoma ou condição de saúde que pode ameaçar sua vida e ainda não foi diagnosticado.

O hipocondríaco tende a ficar ansioso com a doença (que ainda nem existe), até mesmo sem qualquer evidência médica que justifique sua preocupação ou essa pessoa passa a acreditar que qualquer sintoma simples pode ser algum problema terrível.

Por exemplo: uma dor de cabeça significa um tumor cerebral e a pessoa já se imagina fazendo quimioterapia.

E quais são as diferenças entre medo, síndrome do pânico e fobia?

Fobia é uma psicopatologia relacionada a Transtornos de Ansiedade e consiste em medos que são persistentes e acentuados, refletindo em sintomas corporais, como: taquicardia, vertigem, sudorese, mal-estar, falta de ar, tremores, fuga, desmaios etc.

As manifestações dos sintomas de ansiedade podem vir a desencadear um ataque de pânico.

O medo é uma resposta autônoma do nosso organismo ativado pelo contato com um estímulo aversivo e ameaçador. Por sua vez, o medo é em sua grande maioria controlável, as fobias são geralmente incontroláveis.

Não corresponde aos fatos

Pode vir a se transformar em uma doença, como já dito e exemplificado com a hipocondria e pode se tornar fobia também, quando passa a comprometer as relações sociais e a causar sofrimento psicológico.

O medo acontece quando há, de fato, um ou mais estímulos que ativam as respostas de luta, fuga e congelamento. Já no caso da fobia, não corresponde aos fatos.

Por exemplo: fobia de baratas ou aranhas em que a pessoa apenas imagina que possa haver baratas ou aranhas em um determinado local sem sequer ter visto uma nunca no lugar.

Apesar de haver certa semelhança entre medo e fobia, o medo está relacionado ao instinto de sobrevivência.

A fobia é uma aversão excessiva, exagerada, irracional e persistente em relação a um objeto, animal ou alguma situação que represente pouco ou nenhum perigo real, mas que é sentida como se fosse.

Medos e ansiedade são emoções normais e esperadas a todos nós, seres humanos, são instintos primitivos que têm um sentido de existir, já que quando estamos com medo, invariavelmente estamos mais em alerta ao que acontece ao nosso redor.

O medo funciona como um sinalizador, ajudando a pessoa a se preparar para alguma situação.

Entretanto, quando exagerado, é fobia, cujo tratamento requer sempre múltiplas abordagens e tem como objetivo reduzir sintomas de ansiedade e os medos provocados por motivo ilógico, irracional e exagerado, é realizado com o suporte de um psicólogo ou psiquiatria.

Cada especialista determinará o melhor método de abordagem do problema, de acordo com as características da fobia do paciente e sua tolerância aos tratamentos.

Tratamentos adequados

A Terapia Cognitivo Comportamental, o uso de medicamentos específicos ou, ainda, a união de ambos, são os tratamentos adequados para a fobia. Depende muito dos sintomas e da forma como a pessoa lida com esses sintomas.

Outras abordagens, como: atividade física, sono adequado e refeições regulares podem ajudar a reduzir a frequência dos ataques. Reduzir o uso de cafeína e de outros estimulantes também contribui para diminuir a ansiedade.

Veja alguns tipos de fobias:

  • Anemofobia é o medo irracional de vento.
  • Clinofobia é o medo de ir para a cama.
  • Ablutofobia é o medo de água e sabão.
  • Fobia de beijar: Filemafobia.
  • Catisofobia: Pessoas que têm medo do simples ato de se sentar.
  • Crematofobia: medo de dinheiro.
  • Aritmofobia: Fobia de números e de matemática.
Foto: Julius Drost/Unsplash
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Dra. Elaine Di Sarno

Psicóloga e Neuropsicóloga, mestre em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), especialista em Terapia Cognitivo Comportamental

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