Comportamento

Dra. Olga: namoro na 3ª idade

● Preconceito e pressões dos familiares são fatores que inibem

Não é simples assim para um idoso namorar, pois em muitos casos a própria família é contra, pressiona e chantageia

Os filhos já cresceram, têm a própria vida e não é raro o idoso sentir-se em um plano secundário dentro da família, muitas vezes sendo posto de lado por ela.

Cada vez mais, os idosos se livram do preconceito de o lugar deles é dentro de casa, cuidando dos netos, fazendo tricô, bordados, crochê, bolos, vendo programas sensacionalistas na televisão, que destacam apenas a violência e a criminalidade, provocando a elevação da ansiedade e o mal-estar ou jogar dominó na praça para passar o tempo!

Hoje em dia, muitos idosos partem para reescrever sua própria história, realizando os seus sonhos engavetados por tanto tempo, aprendendo coisas novas, criando hobbies, participando de passeios, bailes, reuniões culturais etc.

O mais importante, nesse momento da vida, é fazer o que se gosta, aquilo que traga prazer, satisfação e bem-estar, sentir-se bem com seus pares, pessoas de sua faixa etária, que pactuem dos mesmos gostos e interesses, o que promove a manutenção de sua boa autoestima, colaborando para que o idoso se sinta integrado, produtivo, feliz e mais saudável.

Esse é um período da vida em que é muito propício viver um novo amor, depois do período de luto pela perda de seu cônjuge!

Namorar com alguém especial colabora para a manutenção da saúde como um todo e para o equilíbrio emocional em qualquer fase da vida, inclusive na terceira idade.

Para isso, é preciso estar aberto para amar e ser amado, para viver a emoção de poder compartilhar sonhos e desejos, trocar afeto, sentir-se querido e importante para uma pessoa especial.

Namorar é muito bom, traz consigo uma sensação gostosa de estar vivo e com muita energia.

Não é pecado, não faz mal

Mas não é tão simples assim para um idoso namorar, já que, em muitos casos, a própria família se torna contrária ao namoro dele!

Será que vale a pena renunciar ao desejo de ter um novo relacionamento e de vivenciar todos os benefícios que ele pode trazer para a vida de um idoso só para evitar conflitos com as pessoas a sua volta e, principalmente com os seus familiares?

Reprimir seu desejo é elevar o estresse e colaborar para o surgimento de problemas emocionais como a ansiedade e a depressão, além de causar muitas doenças como a hipertensão arterial, o diabetes, problemas de coluna etc.

E vale dizer que namorar na terceira idade não é pecado, não faz mal a ninguém e só traz benefícios!

E como agir para não ceder às chantagens e pressões dos familiares, o principal fator que inibe o idoso de namorar?

Afinal, a vida é dele e é ele quem deve decidir o que é o melhor para si mesmo, pois ele continua sendo uma pessoa saudável e lúcida, com o direito de fazer suas próprias escolhas!

Enfrentar os próprios medos, encarando de frente a família e a sociedade não é tarefa fácil, mas pode ser muito compensador por conta da felicidade e do bem-estar que o idoso terá no seu dia a dia, permitindo-se viver a sua própria vida sem medo.

Além do prazer corporal

O namoro na terceira idade é bem diferente, se comparado a um romance adolescente, não só por conta da maturidade dos envolvidos, mas principalmente em função de outros objetivos que vão muito além dos prazeres corporais.

Nessa fase da vida, o que importa não é a virilidade em si, a quantidade de ejaculações ou de orgasmos: o que os idosos buscam em um relacionamento é compartilhar, cuidar e expressar sentimentos, ter a deliciosa sensação de aconchego, poder trocar afeto e carinho entre ambos, e ter a intimidade que só existe entre um casal, algo que vai muito além do prazer sexual.

Embora a terceira idade traga consigo algumas limitações inerentes a essa fase da vida, por outro lado, existe o conhecimento adquirido através das experiências ao longo da vida e que são únicas para cada ser humano.

Poder partilhar essas experiências com uma pessoa especial e ir em busca de novas experiências com ela é melhor ainda, fazendo com que a mente se mantenha sempre ativa e saudável.

Namorar uma pessoa que possa somar positivamente à sua vida, faz com que essa seja uma vida bem vivida!

Foto: Chino Rocha/Unsplash
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Dra. Olga Tessari

Psicóloga (CRP06/19571), formada pela Universidade de São Paulo (USP), pesquisa e atua com novas abordagens da Psicologia Clínica em busca de resultados rápidos, efetivos e eficazes, voltados para uma vida plena e feliz; ama o que faz e segue estudando muito, com várias especializações na área; consultora empresarial, leva saúde emocional para as empresas; escritora, autora de 2 livros e coautora de muitos outros; realiza cursos, palestras e workshops pelo Brasil inteiro e segue atendendo em seu consultório ou online adolescentes, adultos, pais, casais, idosos e famílias inteiras que buscam, junto com ela, caminhos para serem felizes

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